sábado, 25 de dezembro de 2010

Esperando o presente de Natal

1:25 da manhã de Natal, tenho que esperar o Papai Noel ele ainda não me trouxe o meu bem mais precioso, você, sim você que invadiu meus pensamentos, com uma intensidade que eu nunca mais tinha pensado em sentir, sim você que tomou conta da minha vida mesmo longe eu sinto você tão perto e tão grudado na minha pele, como uma crosta em cima dela, sim! e não é pedir demais, uma chamada de telefone, um oi pelo msn, algo que me diga que você está vivo, pois me assusta este silêncio! 


1:30 da madrugada, está um calor infernal aqui, somente uma ventilação artificial para afastar o ardor de um sangue que por você chegou a ponto de ebulição, sim meu bem eu fervi, naquela noite somente ouvindo a tua voz envolventemente sedutora, as vezes eu queria sumir, só para que você viesse me procurar e não me encontrasse fácil, assim como eu não estou encontrando-te, mesmo buscando-te exaustivamente, rastreando você por celular, deixando mensagens eletronicas, fazendo de tudo para expor os meus mais nobres sentimentos por este diário de bordo!

1:40: Perdi-me meu amor, por entres seus dedos, escorrego por entre suas mãos, as vezes penso ser uma pequenina boneca de marioneta, que você manipula com suas digitais que nunca tocaram meu corpo mas que com sua voz ao telefone fez-me delirar, tornei-me prisioneira da minha imaginação, das imagens que vi pela tela do computador, do teu rosto risonho, dos teus olhos negros, negros como a noite sem luar, mas que brilhavam como a estrela mais resplandecente que eu já vi  em todas as minhas vidas.

1:45, tenho medo querido, de que eu nunca mais venha a falar contigo, perder tudo que eu construi, um amor que por enquanto é só meu, porque não tive tempo nem coragem de te revelar, amar é muito fácil quando se está perto, o difícil é amar na distância, a saudade é bela, mas a solidão além de trágica é cruelmente dolorosa, eu tento não lembrar dos beijos que eu imaginei, dos beijos roubados que nunca trocamos, da paixão que nossos corpos ainda não sentiram...
1:50, escrevo, neste teclado, as costas doem, mas eu não consigo parar preciso desabafar, não há alma viva na rua lá fora, ouço um som pesado, uma guitarra que desperta minha dor, e você não sai do meu pensamento, jogo tudo que estou sentindo nestas palavras, nestas lembranças que agora ferem minha alma e meu peito que foi dilacerado por um alguém que sei que jamais verei, estou perdida, não sei o que me fará achar novamente a razão para continuar esta jornada sem você, ao menos o calor desta infernal sólida solidão aquece-me, vago neste deserto coração....

1:55! Já, Ai, nada mais faz sentido, não tenho mais o que escrever as palavras são infinitamente sem sentido, descobrindo mais e mais palavras a cada milésimo de segundo talvez não tenha fim mas isso tem que acabar pois alguém deve estar cansado de ler isso, uma confissão de uma mulher amargurada e estas reais palavras que mais parecem um trago, uma dose muito forte de absinto, uma bebidinha verdinha e fortíssima que até Freud viajava depois de beber... estou longe de exorcizar meus demônios mas por estes 40 minutos eu me deixei aqui, eu posso dizer que me sinto mais leve...enfim 2:00 horas da manhã meus olhos estão cansados vou deitar minha face no travesseiro e derramar minhas lágrimas silenciosas até os meus sonhos contigo consumirem minha alma...!

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