Decifra-me
As palavras pairam densas em minha órbita
Inquietas, dançam sofregamente
Como asas inertes de um colibri aprisionado
Sonhando com a liberdade de simplesmente ser
Sem o temor de permitir-se
Apenas existir em sua plenitude
Quanto à possibilidade excêntrica de nutrir a vida
Com fragmentos de felicidade...
Sentimentos ansiosamente desejosos pelo corpo e pela alma
Reprimidos pela razão
Causando embrulho no estômago
E dilacerando o coração lentamente
São como estas palavras
Inaudíveis, indescritíveis, indecifráveis...
Ecoando silenciosamente na imensidão do meu âmago
Escancarado, vulnerável e susceptível
A ânsia de viver tudo de uma vez
Das loucuras do meu coração selvagem
Seria melhor beber o néctar da vida lentamente
Vivendo um devaneio instantâneo...
Estaria minha felicidade
No paradoxo dessa ilusão?
Ah Ilha dos Sonhos:
Cercada pela imensidão das águas da esperança.
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